Em todo o Brasil as mobilizações contra o trabalho infantil foram antecipadas para o dia 9 de junho. Em Upanema, as assistentes sociais Ácquila Raquel – CRAS e Alecsandra Praxedes-SUAS, realizaram uma palestra para os pais dos alunos atendidos nos programas sociais.
No intuito de chamar atenção para esse problema e mobilizar as autoridades, a mídia e a sociedade em geral, foram abordados as quatro piores formas de trabalho infantil (trabalho na rua, na agricultura, no lixo e o doméstico), e também as piores formas de trabalho no Rio Grande do Norte (na fabricação de farinha de mandioca, no beneficiamento de castanha de caju, trabalhos de ambulantes e prestadores de serviço, trabalho nos matadouros e abatedores em geral, trabalhos de coleta e seleção de lixo), que põem em risco a saúde, a vida e a segurança das crianças, comprometendo sua escolarização e seu desenvolvimento físico, psicológico e moral.
Foram abordados, ainda, as causas e as consequências de crianças que ingressam no mercado de trabalho tão precocemente, como por exemplo, altos índices de repetência e evasão escolar.
Além disso, foi encenada, pelos alunos dos programas, uma situação em que várias crianças vivenciam a experiência do trabalho, sob orientação do teatrólogo Américo Oliveira.
Dados
No Brasil, trabalham 4,3 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade. Cerca de 900 mil estão na fixa de 5 a 14 anos; 123 mil, na faixa de 5 a 9 anos. O Censo de 2010 registrou que 132 mil crianças de 10 a 14 anos são provedoras de suas famílias. Ou seja, são responsáveis pelo sustento da unidade familiar.
A legislação brasileira proíbe todas as formas de trabalho para crianças e adolescentes com idade abaixo de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. O Brasil assumiu o compromisso de erradicar até 2016 todas as priores formas de trabalho infantil.
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