A segunda rodada da Avaliação de Impacto do Bolsa Família trouxe resultados que reforçam a relevância do programa de transferência de renda do Governo Federal: as crianças das famílias beneficiárias apresentam maiores taxas de matrícula escolar, progridem no sistema educacional e tomam mais vacinas. Esses resultados foram apresentados durante entrevista coletiva, em Brasília, pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, nesta terça-feira (10/08).
Para chegar a essas conclusões, o consórcio formado pelo Instituto Internacional de Pesquisa sobre Política Alimentares (IFPRI), sediado nos Estados Unidos, e pelo instituto Datamétrica, contratado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) por processo de licitação internacional, analisou dados de 11,4 mil domicílios em 269 municípios brasileiros, levantados entre setembro e novembro de 2009.
Veja os principais pontos da Pesquisa de Avaliação de Impacto do Bolsa Família
Percepções dos beneficiários sobre o Programa
Os beneficiários demonstram bom conhecimento de aspectos operacionais do Programa. Mais de 80% identificam a linha de extrema pobreza do Programa e mais de 90% identificam as principais condicionalidades de educação e saúde.
Os beneficiários declaram majoritariamente (81%) não enfrentar problemas para cumprir as condicionalidades.
Os entrevistados (beneficiários e não beneficiários) preferem a expansão do Programa ao aumento do valor dos benefícios, se só houvesse recursos para uma dessas medidas.
Impacto do Programa
As crianças e adolescentes (6 a 17 anos) do Bolsa Família têm uma taxa de matrícula 4,4 pontos percentuais maior que as não beneficiárias de igual perfil socioeconômico. Esse efeito é maior na Região Nordeste.
As crianças e adolescentes do Bolsa Família têm taxa de progressão escolar 6,0 pontos percentuais maior do que as não beneficiárias de igual perfil socioeconômico.
O Programa aumenta a busca por serviços de saúde. As mulheres grávidas beneficiárias tiveram em média 1,5 mais consultas pré-natal que as grávidas não beneficiárias de mesmo perfil socioeconômico.
O Programa explica o aumento do peso das crianças beneficiárias ocorrido entre 2005 e 2009. E o aumento de peso ocorrido no período foi saudável, não representando aumento da obesidade.
As crianças do Bolsa Família de até 6 meses também receberam as 7 vacinas prescritas em proporção maior (15 pontos percentuais) que as não beneficiárias de mesmo perfil socioeconômico – mostrando que as condicionalidades em saúde estão funcionando.
FONTE: MDS
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